Coisas consideradas
bregas estão por aí o tempo todo... Nem todas são prejudiciais, eu diria.
Independentemente de descobrir quais são ou não prejudiciais, a professora Eliana nos deu uma
atividade diferente: compor uma música assumidamente
brega romântica.
Devido a alguns
probleminhas, acabei chegando tarde na aula e, ao entrar na sala, tia Eliana soltou um comentário animado:
"Mais uma pra fazer a música
brega!"
Na hora, me sentindo um pouco mal, nem prestei muita atenção. Fui beber água e quando voltei ficou esclarecido do que se tratava a dinâmica de chegada.
E gostei.
Acredito que quando uma pessoa te diz para fazer algo que já é assumidamente ruim (no caso, o
"brega" teve esse efeito), você ganha uma certa tranquilidade...
Ela não nos mandou escrever um poema, ou uma letra de música
romântica apenas ou um texto mais profundo. Ela disse "
brega". Não sei se a intenção dela era bem essa, mas acredito que a palavra foi usada para nos dar essa tranquilidade.
Vamos à produção!
Concordei com o que ela disse: é possível escrever qualquer coisa com o processo de criação voltado nas coisas já vividas... Não necessariamente situações, mas frases e palavras já ouvidas. E a nossa "produção" foi baseada nessa
idéia, afinal, mesmo que não se ouça a tal música
brega romântica, ela está em todo o canto e é possível perceber com muita facilidade quais as frases repetidas que mais compõem esse tipo de cancioneiro.
Coração partido, amor a primeira vista, outras coisas do tipo e lá estava nossa
musiquinha escrita no quadro.
A letra:
Não aguento mais ficar sem você
Depois daquele dia que te vi
Sob a luz do amanhecer
Meu coração ficou partido
Por que tinha me iludido
Achando que você ficaria comigo
Me perdi no seu olhar
Foi amor a primeira vista
Mas comigo você não quis ficar
Me deixou sem nenhuma pista
E hoje vivo a sofrer
Abandonado na solidão
Sem saber o que escolher
Entre você e meu coração
Me perdi no seu olhar
Foi amor a primeira vista
Mas comigo você não quis ficar
Me deixou sem nenhuma pista