terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Uma Dose a Mais
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Time
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Interesse
O silêncio é interrompido bruscamente por um choro alto, um grito.
Instintivamente, todos se viram procurando a pessoa que gritou. Deparam-se com uma criança, uma menina de 6 ou 7 anos que entrava no ônibus com uma mulher, possivelmente sua mãe.
Todos entendem e voltam sua atenção para o nada que estava anteriormente instalado.
A menina entra correndo e sobe logo num banco da janela, chorando muito alto e olhando para alguém do lado de fora.
-Vem aqui, vó!
A senhora do lado de fora sorri docemente e encosta-se ao ônibus ainda parado, pronto para partir. Ela toca na mãozinha da pequena que continua a chorar. A despedida é emocionante.
-Me dá dois reais!
O ônibus segue e a senhora acena para a menina, rindo da atitude surpreendentemente interesseira da criança.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Brain Damage
sábado, 6 de dezembro de 2008
Grace Kelly
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Ciclo
É difícil admitir mas é a verdade.
Lembro do primeiro dia de aula. Aliás, lembro da véspera do primeiro dia, do nervoso, da agonia, da timidez que seria inevitável entre pessoas que ainda não conhecia.
Lembro de ter visto algumas pessoas, daquela simpatia à primeira vista, da vontade de me aproximar mais e diminuir minha angústia.
Enfim... Lembro da primeira aula de Oficina, que me chamou atenção por quebrar a rotina que estamos acostumados.
Lembro de adorar a dinâmica de chegada com os cartões, de adorar a troca de história, de adorar as crônicas procuradas, a saída ao shopping, as uniões com a turma vizinha...
Lembro de ter me tranquilizado ao longo dos meses, de ter me sentido no lugar em que eu deveria estar, com pessoas com quem eu deveria estar.
E agora, percebo que o fim está próximo.
Não do curso, ainda faltam alguns anos. Mas da disciplina que, sem exageros, se tornou minha preferida.
E percebo também que aquela sensação de angústia se repete neste momento, com tanta intensidade quanto da primeira vez. Só inverti os motivos, a sensação é a mesma. Não mais por estar numa situação nova. Agora, é por sair de uma rotina da qual me acostumei.
Minhas sextas-feiras nunca mais serão as mesmas...
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Future Lovers
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Goodbye Blue Sky
Trem das Cores
domingo, 16 de novembro de 2008
"Abandonado por você"
Independentemente de descobrir quais são ou não prejudiciais, a professora Eliana nos deu uma atividade diferente: compor uma música assumidamente brega romântica.
Devido a alguns probleminhas, acabei chegando tarde na aula e, ao entrar na sala, tia Eliana soltou um comentário animado:
"Mais uma pra fazer a música brega!"
Na hora, me sentindo um pouco mal, nem prestei muita atenção. Fui beber água e quando voltei ficou esclarecido do que se tratava a dinâmica de chegada.
E gostei.
Acredito que quando uma pessoa te diz para fazer algo que já é assumidamente ruim (no caso, o "brega" teve esse efeito), você ganha uma certa tranquilidade...
Ela não nos mandou escrever um poema, ou uma letra de música romântica apenas ou um texto mais profundo. Ela disse "brega". Não sei se a intenção dela era bem essa, mas acredito que a palavra foi usada para nos dar essa tranquilidade.
Vamos à produção!
Concordei com o que ela disse: é possível escrever qualquer coisa com o processo de criação voltado nas coisas já vividas... Não necessariamente situações, mas frases e palavras já ouvidas. E a nossa "produção" foi baseada nessa idéia, afinal, mesmo que não se ouça a tal música brega romântica, ela está em todo o canto e é possível perceber com muita facilidade quais as frases repetidas que mais compõem esse tipo de cancioneiro.
Coração partido, amor a primeira vista, outras coisas do tipo e lá estava nossa musiquinha escrita no quadro.
A letra:
Não aguento mais ficar sem você
Depois daquele dia que te vi
Sob a luz do amanhecer
Meu coração ficou partido
Por que tinha me iludido
Achando que você ficaria comigo
Me perdi no seu olhar
Foi amor a primeira vista
Mas comigo você não quis ficar
Me deixou sem nenhuma pista
E hoje vivo a sofrer
Abandonado na solidão
Sem saber o que escolher
Entre você e meu coração
Me perdi no seu olhar
Foi amor a primeira vista
Mas comigo você não quis ficar
Me deixou sem nenhuma pista
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Sally's Song
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Insólito
Enquanto pessoas iam e voltavam do PAF I, ele, em frente ao Instituto de Biologia falava ao celular olhando em volta, como se estivesse na espera de alguém que deveria ter chegado há muito.
Pensei: "é ele!". Sentei para observar com minha agenda já aberta e a caneta a postos.
Ele desligou o telefone e continuou olhando em volta como se estivesse pronto para dar uma bronca na pessoa irresponsável.
"Ah, melhor dar uma volta..." Ele andou e eu o segui. Estava tão atordoado que nem percebeu uma pessoa estranha ligada em todos os seus movimentos. De camisa laranja, bermuda cinza, uma grande mochila e uma pasta na mão, ele seguia olhando em volta mexendo na pequeno cavanhaque. Até que entrou no prédio de aulas. "Vou ter que achar outra pessoa... Ele deve ter ido pra sala de aula." Percebi que tinha me enganado quando vi o rapaz parado em frente à escada do prédio. Estava realmente agoniado... Logo depois de entrar, saiu do lugar e foi até a pilastra, perto do pátio. "Aah, ela não chega!" Ligou novamente indo ao meio do pátio. Voltou e parecia que ia sair do PAF I. Parou na saída. Viu um outro rapaz, falou alguma coisa... A pessoa não chegava.
Num dos muitos olhares em volta ele se assustou: uma garota olhava fixamente pra ele enquanto escrevia na agenda. "Ixe, ele me viu..." Tentei disfarçar. Ele agora não olhava em volta atrás da tal pessoa irresponsável. Olhar em volta foi uma arma para que ele tentasse entender o que a garota queria olhando pra ele e escrevendo.
Acabou o tempo da atividade. Hora de voltar pra sala. Passei bem perto do observado que não levantou a cabeça e deveria estar no mínimo, curioso...
Nada pior do que esperar por alguém que se atrasa. Num desses momentos rotineiros pode acontecer algo insólito e ter alguém observando todos os seus movimentos ao anotar num caderninho.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Hora Deserta
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de shakespeare
- Não quero mais saber de lirismo que não é libertação.
Manuel Bandeira
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Time
his script is you and me, boy.
Time - He flexes like a whore,
falls wanking to the floor,
his trick is you and me, boy...
Time - In Quaaludes and red wine,
demanding Billy Dolls
and other friends of mine...
Take your time.
The sniper in the brain, regurgitating drain,
incestuous and vain, and many other last names.
I look at my watch it say 9:25 and I think "Oh God I'm still alive!"
We should be on by now...
We should be on by now.
You - are not a victim...
You - just scream with boredom!
You - are not evicting time.
domingo, 12 de outubro de 2008
Human Nature
sábado, 11 de outubro de 2008
Oficina em sala de aula - 10.10.2008
Numa sala cheia, aconteceram as apresentações. Assuntos variados trabalhados em cima de diversos textos passados por América.
A primeira aluna a se apresentar comentou sobre a liberdade de leitura e interpretação, fazendo considerações sobre o ato de estudar.
Uma das apresentações que mais me chamou atenção foi um diálogo entre dois alunos, discutindo o Demônio da Teoria de Compagnon. Ambos tinham opiniões contrárias ao autor ao mesmo tempo em que divergiam entre si. O texto falava sobre uma das questões mais comentadas quando o assunto é arte: o que é literatura? Segundo um dos alunos, a pergunta correta deveria começar com "quando é...?", já que as expressões faladas, textos impressos ou manuscritos, ou até mesmo um blog podem ser considerados literários.
Houve um comentário a respeito de Aristóteles e Platão, já que em sua época o termo literatura não existia, entretanto ambos ditavam regras de comportamento e seguimento das expressões artísticas, não considerando como arte a comédia e o canto satírico, apenas as tragédias. Um terceiro aluno se juntou ao diálogo, com uma opinião voltada para a idéia de interpretação, comentando que para ele, o termo Literatura só se aplica a ficção, já que esta tem uma função estética. Momento para comentários de Eliana Mara, em que ela concluiu que definir literatura não é o mais importante.
Parada para o lanche. Na volta, três alunas se apresentaram juntas. A primeira, comentando as explosões de linguagem que existem no mundo e como é necessário aprender a ler, não só palavras, mas um prédio, por exemplo, ou uma pintura, um filme, uma expressão... A segunda procurou definir o termo leitura, usando sua origem no Latim, em que legere significava colher, armazenar. A terceira comentou a função do leitor, "ser solidário, mas não solitário".
Não houve tempo suficiente para todos os alunos: adiar foi a solução. Ao fim de todas as considerações finais, os blogs das turmas foram trocados e foi definido o roteiro da próxima aula.
Em qualquer situação, em qualquer lugar, o ritual se faz presente. O aluno apavorado da sexta passada sumiu... Teria ele fugido? De qualquer forma, rodinha, beijinhos, palminhas e despedidas.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Citações
Bem, a meu ver, algumas são muito boas e não tiro seu valor. Mas o que irrita muito, pelo menos a mim, é a repetição. Imagino que muitas por serem tão boas acabam sendo tão repetidas. Tem um efeito parecido com os clichês, aqueles que você não aguenta mais ao mesmo tempo que assume sua veracidade...
As minhas preferidas, geralmente, são as engraçadas...
Enfim... Não tinha pensado na possibilidade de postar as citações que a profa. Eliana Mara nos pediu para guardar até um comentário cheio de pesar que ela soltou hoje...
Antes tarde do que nunca!
Castelo:
"O mundo anda tão caótico que Deus logo aumenta os Dez Mandamentos para vinte."
"O egocêntrico ficou tão cheio de si que se suicidou"
Millôr:
"A feiura tem uma vantagem: dura mais do que a beleza."
"Você pode evitar descendentes mas não pode evitar antepassados."
Picasso:
"Toda criança é artista. O problema é permancer artista depois de crescer."
Cazuza:
"Fico feliz quando penso que o homem difere dos bichos e das plantas porque pode amar sem reproduzir - embora o papa não goste disso."
John Lennon:
"A vida é aquilo o que acontece enquanto você faz planos."
George Bernard Shaw:
"Tem gente que sonha com realizações importantes e há quem vá lá e realiza."
Michel Eyquem de Montaigne:
"A palavra é metade de quem a pronuncia e metade de quem a escuta."
Anônimo:
"Nasci careca, pelado e sem dente. O que vier é lucro."
Maria Von Ebner-Eschenbach:
"Não acreditamos em reumatismo nem em amor verdadeiro até o primeiro ataque."
Madonna:
"Pobre é o homem cujos prazeres dependem da permissão de outro."
domingo, 5 de outubro de 2008
In The Flesh?
Desenho de Tiago Vieira.
"So ya thought ya might like to go to the show
To feel the warm thrill of confusion
That space cadet glow?
Tell me is something eluding you sunshine?
Is this not what you expected to see?
If you wanna find out what's behind these cold eyes
You'll just have to claw your way through this disguise"
Pink Floyd
A Perfeição - Clarice Lispector
sábado, 4 de outubro de 2008
Oficina em sala de aula - 03.10.2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Memory of a Free Festival
Gathered in the dampened grass
We played Our songs and felt the London sky
Resting on our hands
It was God's land
It was ragged and naive
It was Heaven
Touch, We touched the very soul
Of holding each and every life
We claimed the very source of joy ran through
It didn't, but it seemed that way
I kissed a lot of people that day
Oh, to capture just one drop of all the ecstasy that swept that afternoon
To paint that love
upon a white balloon
And fly it from
the topest top of all the tops
That man has pushed beyond his brain
Satori must be something
just the same
We scanned the skies with rainbow eyes and saw machines of every shape and size
We talked with tall Venusians passing through
And Peter tried to climb aboard but the Captain shook his head
And away they soared
Climbing through
the ivory vibrant cloud
Someone passed some bliss among the crowd
And We walked back to the road, unchained
"The Sun Machine is Coming Down, and We're Gonna Have a Party
The Sun Machine is Coming Down, and We're Gonna Have a Party
The Sun Machine is Coming Down, and We're Gonna Have a Party
The Sun Machine is Coming Down, and We're Gonna Have a Party
The Sun Machine is Coming Down, and We're Gonna Have a Party."
domingo, 28 de setembro de 2008
We Float
TVC 15
sábado, 27 de setembro de 2008
Oficina - Aula externa - 26.09.2008
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Cuidados no trânsito
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Pessoas
"Somos todos interessados em pessoas.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Observando pessoas
No dia 22/09, na minha volta pra casa depois das aulas, cansadérrima e com fome, me distraí no fundo do ônibus olhando cada pessoa ao meu redor. Estava na última fileira, no banco do meio, o que me permitiu uma boa e discreta visão de todos.
Na janela, à minha direita, estava uma senhora de cabelos curtinhos, com sacolas transparentes cheias daqueles produtos que vemos em armarinhos. Ao lado dela, sentou uma moça bonita fardada (perecia farda de clínica). Ela estava com um desses saquinhos de supermercado com dois pacotes de café dentro. Eu, no meio. Na janela, à esquerda, tinha uma mulher que não reparei muito. Entre ela e eu, uma moça jovem arrumava uns biquinis num saco. Acho que eram reformados. Ainda à esquerda, na janela dos bancos da frente, uma senhora assistindo a paisagem. Ao lado dela, outra senhora que folheava atentamente uma revista TOK & STOK, circulava alguns móveis. Nos bancos do outro lado, mais duas mulheres (nossa, o mundo anda cheio de mulheres!).
Num determinado momento do percurso, um vendedor ambulante trabalhando no ônibus reconheceu a senhora que olhava a paisagem e iniciou-se uma conversa que durou alguns minutos. Conversavam sobre casos de família tão naturalmente que me senti parte da vida deles. Se despediram, ele seguiu caminho, descendo pouco depois das "duas mãos" do Comércio.
O resto da viagem foi parado.
Depois de descrever parte da minha volta pra casa, você pode até pensar que essa coisa de observar vidas alheias é uma atividade meio inútil. Inútil é. Mas é muito bom fazer de vez em quando.
sábado, 20 de setembro de 2008
Cabaret
Existem vários comerciais engajados quando o assunto é meio ambiente. Um deles me chamava muito a atenção, principalmente pela música tocada, que tinha uma sucessão da palvra "money"... Um amigo então, me manda um vídeo da cantora e atriz Liza Minnelli. Procurando por outros vídeos dela, encontro uma cena de um filme que se chama Cabaret. Nesta cena, ela e um homem baixinho com terno elegante e rosto maquiado cantam a música daquele comercial. A partir daí, descrubo, pesquisando pela internet, que aquele filme foi feito em 1972 e é um musical que se passa num cabaré. Consegui o filme, assisti e me apaixonei.
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Oficina em sala de aula - 19.09.2008
Sky Fits Heaven
In Your Room
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Teatro dos Vampiros
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Oficina em sala de aula - 12.09.2008
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Título do Blog
John Lennon! Gênio!
Gonna knock you right in the head
You better get yourself together
Pretty soon your gonna be dead
What in the world you thinking of?
Laughing in the face of love
What on Earth you try'na do?
It's up to you
Yeah, you
Instant Karma's gonna get you
Gonna knock you right in the face
You better get yourself together darling
Join the human race
How in the world you gonna see?
Laughing at fools like me
Who on Earth d'you think you are?
A superstar?
Well, right you are
And we all shine on
Like the moon and the stars and the sun
Well, we all shine on
Everyone, c'mon
Instant Karma's gonna get you
Gonna knock you off your feet
Better recognise your brothers
Everyone you meet
Why in the world are we here?
Surely not to live in pain and fear
Why on Earth are you there
When you're everywhere
Gonna get your share
Well, we all shine on
Like the moon and the stars and the sun
Yeah, we all shine on
C'mon and on and on, on, on
Yeah, yeah
alright
Well, we all shine on
Like the moon and the stars and the sun
Yeah, we all shine on
On and on and on, on and on...
Sou ativista
Assistindo à proganda eleitoral esses dias, vi que os vereadores com menos tempo de falar sobre seus projetos escolhem um assunto ou problema, geralmente, ligado ao seu currículo ou sua experiência de vida. Não vou falar de política, até por que não sou tão boa nisso, nem criticar os "pobres vereadores" com tão pouco tempo para apresentar seus projetos. Só uso esse caso pra mostrar como as coisas funcionam: é comum ver que as pessoas só se interessam em resolver problemas que as atingem.
Pink Floyd - The Wall
Não há coisa melhor do que fazer o que se quer há tempos.